Algo que vem me "incomodado" nos últimos meses é "SER EU MESMA". É conseguir assumir meus reais sentimentos quando me relaciono com as pessoas, quando estou em público ou na privacidade, enfim, em todos os momentos. Parece óbvio, mas o que mais fazemos no dia-a-dia é agir como se fôssemos outras pessoas, ou estivéssemos sentindo outras coisas.
Fingimos que estamos contentes quando estamos muito tristes, e disfarçamos para agradar as pessoas. Escondemos as tristeza, porque, orgulhosos, não queremos ninguém cuidando, nos ajudando. Maquiamos a revolta e a indignação com alguma situação, com medo do que os outros vão pensar. Dizemos que tudo está bem, quando, na verdade, tudo está " bem mal ", porque damos atenção demasiada á opinião que os outros têm a nosso respeito. Criticamos um assunto que talvez não dominemos, com medo de admitir a nossa ignorância. Não nos posicionamos por ter um parecer diferente do demais, com medo de sermos vistos como rebeldes!
E assim se passam as horas, e vamos sendo qualquer outra coisa, menos nós mesmos. Nos privamos de muita coisa, preocupados com a nossa imagem diante das pessoas. Nos prendemos em necanismos de defesa e ataque que acabamos criando para preservar nossa boa imagem.
O que pretendo ser não é uma louca, uma axagerada, uma inconsequente, deixando a vida me levar. O que pretendo é ser eu mesma. Me permitir sentir dores e alegrias, sem fugir, sem também ficar correndo atrás de maneira maluca.
Quem é autêntico encontra o meio-termo, a harmonia, o equilibrio. Se vê cheio de sentimentos e desejos mas não os reprime, pois consegue, na liberdade, escolher o que lhe fará bem, e o que fará bem aos outros, mais nunca deixa de ser ele mesmo. Nunca se demite de ser sincero, autêntico, diferente, veraz.
Beijos :* Lais L.
" A verdade é sempre vista conforme nossos caprichos, ilusões e miopias". ( Carlos Drummond de Andrade ) ".
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